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Polícia Federal prende seis envolvidos no tráfico aéreo de cocaína

Investigados desde 2019 usavam helicópteros e até aviões de pequeno porte para tráfico internacional

Publicada em 28/05/2025 às 15:22h - Redação


Polícia Federal prende seis envolvidos no tráfico aéreo de cocaína
Caso de 2023, com cerca de meia tonelada apreendida, é um dos mais emblemáticos do grupo  (Foto: Reprodução / PF)



Com mandados expedidos pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, uma organização criminosa investigada desde 2019 por traficar drogas "pelos céus" entrou na mira da Polícia Federal nesta quarta-feira (28).

Seis envolvidos foram conduzidos após cumprimento de nove mandados de prisões preventivas e onze para buscas e apreensões.

Toda essa trama criminosa começou a ser descoberta em 2019 quando, segundo a Polícia Federal, um helicóptero carregado de cocaína foi apreendido no município de Naviraí, dando início à investigação. 

Conforme a PF, além de Mato Grosso do Sul outros quatro Estados foram alvos da batizada "Operação Tango Down", que executou cumprimento de mandados em: 

  • MS - Amambai
  • PR - Alvorada do Sul
  • PR - Marilena 
  • PR - Porecatu
  • RS - Barra Funda 
  • SC - São Bento do Sul 
  • SP - Mogi-Guaçu 
  • SP - Araçatuba

Para desmantelar esse grupo que fazia recorrente uso de aeronaves para o tráfico de drogas, a Operação Tango Down mobilizou 50 agentes da Polícia Federal, além do apoio do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. 

Entenda 

Com os agentes em campo, seis indivíduos foram capturados e apenas três permanecem foragidos, conforme indicado pela PF em nota, o que a Polícia Federal considera "mais um passo no enfrentamento ao crime organizado transnacional". 

Com a ação de 2019 em Naviraí, o grupo entrou na mira da Polícia que passou a investigar esse transporte de substâncias que teriam origem paraguaia, com uma das maiores apreensões acontecendo cerca de quatro anos depois. 

Nesse caso específico, em 18 de janeiro de 2023, a Força Aérea Brasileira (FAB) e Polícia Militar apreenderam cerca de meia tonelada de cocaína em uma aeronave interceptada em Santa Cruz do Rio Pardo (SP). 

Esse avião foi avistado enquanto sobrevoava a região oeste do Estado paulista, acompanhado por aeronave da FAB que deu ordem de pouso imediato não acatada pelo piloto em questão. 

Desde que o grupo entrou na mira, além de sete prisões em flagrantes feitas no período, as apreensões ligadas ao grupo já somaram: 

  • 27 toneladas de maconha;
  • 1.177 kg de cocaína;
  • 2.347 kg de skunk;
  • 2 aeronaves. 

Aeronaves do tráfico 

Quando o assunto é tráfico de drogas e o uso de aeronaves, as polícias tanto brasileira quanto do Paraguai, por exemplo, notam há tempos um emprego maior desses veículos a serviço do crime, com o nome de Antônio Joaquim da Mota sendo um dos principais responsáveis por esse tipo de esquema. 

Conhecido como "Motinha", o narcotraficante é tido como "Don Corleone" e somente em 2023 foi alvo de duas operações da Polícia Federal, com 13 helicópteros ligados a seu esquema apreendidos até junho daquele ano. 

Essa "moda" de usar helicópteros para o tráfico de cocaína, como abordou o Correio do Estado, por exemplo, se dá pela facilidade de deslocamento e pouso e a dispensa do uso de pistas. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o advogado especialista em segurança e ex-superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul Edgar Marcon também informou que os helicópteros podem fugir das fiscalizações da Força Aérea.

“Os helicópteros têm suas condições de voo com bastante agilidade, o que propicia, inclusive, a fuga de aeronaves da Força Aérea, em razão da reduzida velocidade que podem empregar e da versatilidade para realiza manobras evasivas”.

Leo Ribeiro - www.correiodoestado.com.br










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