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Nos últimos dois meses, chikungunya matou mais que a dengue em MS

Novo boletim epidemiológico confirmou sétima morte em 2025, a segunda seguida em Fátima do Sul, município com 20,6 mil habitantes

Publicada em 06/06/2025 às 16:05h - Redação


Nos últimos dois meses, chikungunya matou mais que a dengue em MS
A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti (acima)  (Foto: Pixabay)



Em seu ano mais letal em relação à série histórica (2015 a 2025), a chikungunya matou mais que a dengue em Mato Grosso do Sul considerando os últimos 60 dias.

Em novo boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira (05), foi confirmada a sétima morte causada pela doença neste ano.

A vítima desta vez foi um homem de 78 anos, em Fátima do Sul, com nenhuma comorbidade relatada.

Inclusive, este foi o segundo óbito seguido de chikungunya no município, que tem menos de 21 mil habitantes.

Em meados de maio, um homem de 82 anos com hipertensão arterial, veio a falecer em Fátima do Sul pela doença.

As outras mortes foram em Dois Irmãos do Buriti, Vicentina (2x), Naviraí e Terenos.

A efeito de comparação, a dengue, outra doença causada pela picada do mosquito Aedes Aegypti, matou 12 pessoas neste ano em Mato Grosso do Sul.

Porém, diminuindo o recorte para os últimos dois meses, a dengue vitimou cinco sul-mato-grossenses, enquanto a chikungunya, seis.

Quanto ao número de casos, 3.528 já foram confirmados este ano e outros 11.857 seguem como prováveis, um salto de quase 330% de um ano para outro, quando foram 2.766.

Maracaju, Sonora e Glória de Dourados lideram entre os municípios com maior número de casos confirmados, com 1.135, 481 e 426, respectivamente.

Campo Grande, mesmo sendo a cidade mais populosa do estado, não vive um “caos” de chikungunya, já que tem apenas 38 casos confirmados no ano.

Com isso, a taxa de incidência da doença (o número de casos pela população absoluta) na capital é de 4,2 por 100 mil habitantes, sendo uma das menores em todo o Mato Grosso do Sul.

Fique atento 

A SES indica que a Chikungunya tem sido mais incidente em alguns municípios do interior do Estado, como: 

  • Jateí;
  • Glória de Dourados;
  • Sonora;
  • Terenos;
  • Vicentina;
  • Maracaju;

Bianca Modafari é enfermeira na gerência de Doenças Endêmicas da SES, ela repassa orientações que precisam ser seguidas diante do cenário de aumento da Chikungunya, mesmo que a dengue esteja em baixa. 

"É fundamental manter as ações de prevenção como eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d'água e usar repelente para evitar novas infecções. São cuidados simples que protegem contra as duas doenças", explica. 

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo e/ou articulações. 

Febre alta: presente em ambas, mas na Chikungunya surge de forma súbita;

Dor nas articulações: intensa na Chikungunya e pode persistir por meses. Na dengue, é mais muscular;

Manchas vermelhas: aparecem nos dois casos, mas na dengue podem vir acompanhadas de sangramentos.

Complicações: Chikungunya raramente causa casos graves, mas pode deixar sequelas e evoluir para forma crônica, embora possa levar ao óbito em casos de uso de medicações anti-inflamatórios na fase aguda (até 14 dias de início de sintomas).

a dengue pode evoluir para formas hemorrágicas;

É importante lembrar que os diagnósticos só são feitos por equipes especializadas, portanto é necessário procurar uma unidade de saúde para tratamento adequado.

** Colaborou Leo Ribeiro

Felipe Machado - www.xorreiodoestado.com.br










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