Os homens seguem sendo maioria no mercado de trabalho de Mato Grosso do Sul, mas nunca houve tantas mulheres economicamente ativas no Estado.
Entre 2012 e 2024, a participação das mulheres entre as pessoas ocupadas de MS aumentou 35,2%.
O crescimento da participação da mulher entre as pessoas ocupadas duplicou, em relação aos homens.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostram que, no mesmo período de 12 anos, a força de trabalho de Mato Grosso do Sul cresceu 22% e dos homens, apenas 13,3%.
Conforme os dados da Pnad Contínua, a participação das mulheres entre as pessoas ocupadas no Estado saiu de 39% em 2012 para 44% em 2024.
Em números absolutos, Mato Grosso do Sul tem 1,41 milhão de pessoas ocupadas, sendo 768 mil homens e 621 mil mulheres.
O IBGE também mostra que mesmo trabalhando mais fora de casa, a desigualdade salarial de gênero ainda é uma realidade em Mato Grosso do Sul.
Isso porque o rendimento habitual dos homens é 1,25 vezes maior que o das mulheres.
Considerando todas as suas rendas, os homens recebem habitualmente R$ 3.719, enquanto as mulheres têm média salarial de R$ 2.973.
Mato Grosso do Sul fica na 8ª posição entre os estados que melhor pagam pelo trabalho dos homens.
Outra realidade que expõe as desigualdades da população sul-mato-grossense é referente à renda média daquelas pessoas que recebem benefícios sociais.
O IBGE mostra que, em 2024, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita das pessoas de Mato Grosso do Sul que recebiam o Bolsa Família foi de R$ 843.
Já a renda mensal daqueles que não recebem o benefício é de R$ 2.372. A diferença demonstra o impacto das transferências de renda no perfil econômico das famílias mais vulneráveis.
Priscilla Peres / Jornal Midiamax