Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Versão em áudio
A quantidade total de dinheiro que os trabalhadores brasileiros receberam por mês em 2024, chegou a R$ 438,3 bilhões, 5,4% maior do que no ano anterior.
O valor foi o mais alto dos últimos 12 anos, quando o IBGE iniciou o módulo rendimento de todas as fontes, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua.
Em relação a 2019, último ano antes da pandemia de covid-19, houve alta de 15%.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (8), traz outros recordes atingidos em 2024, em relação a 2023.
Em 2024, os 10% mais ricos do país recebiam 13,4 vezes mais do que os 40% mais pobres.
Essa foi a menor diferença entre as duas pontas desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
O pico havia sido em 2018, quando a razão alcançou 17,1 vezes.
Para o analista da pesquisa, Gustavo Fontes, essa queda na desigualdade dos rendimentos entre classes vem acontecendo de forma gradativa, mas se acentuou devido às alterações na composição do rendimento domiciliar e o crescimento maior da renda daqueles que ganham menos.
Inegavelmente o Brasil ainda é um país bastante desigual, se a gente comparar com diferentes indicadores de desigualdade de renda.
Mas em 2024, a gente observa uma melhoria nessa distribuição de renda comparando diferenças do indicador.
Mas também a gente não pode negar que os programas sociais eles também tiveram um efeito importante aqui.
Também subiram aos maiores níveis da série histórica da pesquisa, o número de pessoas vivendo com algum tipo de renda, de 64,9% em 2023 para 66% em 2024; e a população ocupada com rendimentos, que passou de 99,2 milhões em 2023 para 101,9 milhões em 2024.
Cristiane Ribeiro / Rádio Nacional – Rio de Janeiro
Edição: Vitoria Elizabeth / Liliane Farias