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Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS

Ato homenageia 17 mulheres mortas em 2025 e reforça campanha por 'Feminicídio Zero'

Publicada em 03/07/2025 às 13:49h - Redação


Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS
Girassóis foram plantados na praça Nestor Pires Barbosa, em Maracaju  (Foto: Reprodução)



Somente em 2025, 17 mulheres se tornaram vítimas do feminicídio em Mato Grosso do Sul. Por isso, girassóis foram plantados na praça Nestor Pires Barbosa, em Maracaju, para eternizar a memória daquelas que perderam a vida para esse tipo de crime.

Cada flor recebeu uma placa com identificação, que trazia as iniciais das vítimas, idade, data e forma como a morte aconteceu. 

O jardim criado na região central da cidade, traz a reflexão para sociedade sobre esse tipo de violência, conforme relata a coordenadora de Políticas Públicas do município, Jamaika do Carmo. 

“Eu pensei junto com a equipe em plantar girassol porque é uma flor que sempre está virada para o sol, para a luz, para brilhar. Mas infelizmente, essas 17 vítimas que estavam ali representadas pelo girassol foram 17 vítimas que não conseguiram acordar no dia seguinte para ver o sol brilhar”, lamenta Jamaika. 

Maracaju não encarava o feminicídio há 4 anos. No dia 20 de junho,  Doralice da Silva, de 42 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, colocando a cidade na rota dos municípios que registraram o crime. 

Vítimas 

De janeiro a junho de 2025, mulheres com idades entre 23 e 59 anos, além de uma criança de apenas 10 meses, foram mortas por pai, companheiros, ex-companheiros e até colegas de trabalho.

Abaixo estão os nomes de todas as vítimas do feminicídio em MS, em 2025:

  • Karina Corin, 29 anos – morta a tiros pelo ex-companheiro em Caarapó (01/02);
  • Vanessa Ricarte, 42 anos – morta a facadas pelo ex-noivo em Campo Grande (12/02);
  • Juliana Dominguez, 28 anos – indígena, morta com golpes de foice na cabeça, em Dourados (18/02);
  • Mirieli dos Santos, 26 anos – morta a tiros pelo ex-marido em Água Clara (22/02);
  • Emiliana Mendes, 26 anos – estrangulada pelo companheiro em Juti (24/02);
  • Gisele Cristina Oliskowiski, 40 anos – morta em Campo Grande; corpo queimado pelo companheiro (01/03);
  • Andreia da Silva Arruda, 30 anos – morta a facadas em Nioaque (29/03);
  • Ivone Barbosa da Costa Nantes, 40 anos – morta com facadas na cabeça em Sidrolândia (17/04);
  • Thacia Paula Ramos, 39 anos – assassinada a tiros em Aporé, GO, mas natural de Cassilândia (11/05);
  • Simone da Silva, 35 anos – morta a tiros na frente dos filhos em Itaquiraí (14/05);
  • Olizandra Vera Cano, 26 anos – assassinada a facadas na Aldeia Taquaperi, Coronel Sapucaia (23/05);
  • Graciane de Sousa Silva, 32 anos – morreu após quatro dias de agressões, em Angélica (25/05);
  • Vanessa Eugênio Medeiros, 23 anos – morta com golpe mata-leão e depois carbonizada pelo marido, em Campo Grande (26/05);
  • Sophie Eugenia Borges, 10 meses – morta asfixiada e carbonizada junto com a mãe, em Campo Grande (26/05);
  • Eliana Guanes, 59 anos – queimada viva em Corumbá pelo colega de trabalho (07/06);
  • Doralice da Silva, 42 anos – morta a facadas pelo companheiro em Maracaju (20/06);
  • Rose Antônia de Paula, 41 anos – morta a facão pelo companheiro em Costa Rica (27/06).

Sala lilás - Mais cedo, durante a 23ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Maracaju, os vereadores aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº 020/2025, que dá o nome da técnica em enfermagem Ivanir Rodrigues Antunes à Sala Lilás do município.

O espaço, voltado ao atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, foi inaugurado no Hospital Soriano Corrêa da Silva.

A homenagem reconhece a trajetória de Ivanir. Ela foi brutalmente assassinada aos 35 anos, vítima de feminicídio em fevereiro de 2021, em Maracaju.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi cometido pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento.

Ele foi preso dias depois, em Sidrolândia.

Loraine França e Antonio Bispo / Redação PP










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