noticias520 Instituições de MS terão R$ 40 milhões para investir em pesquisa

19º
Maracaju-MS Tempo limpo
DENGUE 00
ESTADUAL

Instituições de MS terão R$ 40 milhões para investir em pesquisa

Projetos são voltados à biotecnologia e produção sustentável

Publicada em 03/07/2025 às 18:12h - Redação


Instituições de MS terão R$ 40 milhões para investir em pesquisa
Octávio Luiz Franco, coordenador do projeto Bioinspir  (Foto: Divulgação / Leandro Benites)



O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou três projetos de Mato Grosso do Sul como Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).

Juntas, os institutos irão receber R$ 40 milhões para investir em pesquisas nas áreas de biotecnologia e produção sustentável.

O financiamento será disponibilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com R$27,519 milhões; pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), com R$11,433 milhões; e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com R$ 685,9 mil.

Conheça os projetos 

INCT Bioinspir 

Coordenado pelo professor Octávio Luiz Franco, o projeto Bioinspir não é novo, mas ampliou sua atuação com a aprovação como INCT.

Anteriormente voltado à área da saúde, para desenvolver moléculas bioativas com aplicação no agronegócio, o projeto agora passa a atuar diretamente no controle biológico de pragas, fungos e bactérias em plantas.

“Expandimos nossa atuação para o setor agrícola, após amplo diálogo com o setor produtivo e o governo estadual, que enxergam no agro uma das principais vocações econômicas de Mato Grosso do Sul”, explica o coordenador.

Um dos principais diferenciais da nova etapa do Bioinspir é o uso de plataformas baseadas em inteligência artificial, voltadas à aceleração do desenvolvimento de peptídeos e compostos inovadores, com potencial de gerar novos produtos no mercado. 

Com sede física na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), o Bioinspir é composto por mais de 15 instituições nacionais e 24 internacionais.

Entre os parceiros estão universidades e empresas de tecnologia de diversos países, além de grandes indústrias e startups brasileiras. 

INCT Gado de Corte 

Sob direção do pesquisador Rodrigo Gomes, da Embrapa Gado de Corte,  projeto vai receber R$ 13,5 milhões em financiamento.

Organizado em seis grandes frentes temáticas para desenvolver ações voltadas à sustentabilidade, segurança sanitária, melhoramento genético, reprodução animal, recuperação de pastagens degradadas e descarbonização da pecuária, o projeto reúne 30 instituições de ensino e pesquisa, incluindo 11 unidades da Embrapa, 15 universidades brasileiras, o Instituto de Zootecnia de São Paulo, a Fiocruz-MS, a Universidade de Edimburgo (Escócia) e a Kansas State University (EUA).

“Espera-se ainda evoluir o processo de melhoramento genético animal e também as práticas de reprodução para promover a eficiência e resiliência dos rebanhos bovinos brasileiros frente aos desafios climáticos e ambientais impostos e, também, a estruturação de uma plataforma de inteligência baseada em ciência de dados e inteligência artificial, para suporte aos diferentes atores da cadeia da carne bovina”, afirma Rodrigo Gomes. 

Para atingir os objetivos, foram estabelecidas 40 metas, com entregas que envolvem cultivar espécies forrageiras, bioinsumos e sistemas de produção para intensificação sustentável e descarbonização, além de softwares, soluções para inspeção sanitária e tecnologias para a vigilância de doenças, visando à promoção da segurança sanitária da carne brasileira em padrões internacionais.

INCT PantaClima 

Por fim, o PantaClima será um centro de pesquisa voltado a lidar com os impactos das mudanças climáticas no Pantanal.

Por meio das pesquisas, o Instituto pretende gerar conhecimento científico de ponta para utilização em políticas públicas e práticas concretas que promovam o uso responsável do território.

Coordenado pelo professor Jolimar Antonio Schiavo e com vice-coordenação da professora Patricia Vieira Pompeu, ambos da UEMS de Aquidauana, o instituto também terá participação de pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, como a Embrapa Pantanal, a Universidade de Zurique (Suíça) e a Universidade do Norte do Texas (EUA).

A instituição vai utilizar a multidisciplinariedade para compreender como o Pantanal está sendo afetado pelas alterações climáticas. 

Será realizado o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, a avaliação dos serviços ecossistêmicos, a análise dos impactos sobre os recursos hídricos, solos, biodiversidade e o regime de queimadas. 

Mariana Piell - www.correiodoestado.com.br










Nosso site www.mjunews.com.br
Visitas: 227457 Usuários Online: 5
Copyright (c) 2025 - www.mjunews.com.br