Quase 3 mil carteiras de trabalho estão acumuladas na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE-MS).
Os documentos físicos foram esquecidos ou nunca foram retirados pelo trabalhador que fez a solicitação.
De acordo com a superintendência, cerca de mil carteiras foram encontradas e enviadas pelos Correios ao local, após serem deixadas em diferentes cidades do Estado.
Outras duas mil foram emitidas no local, mas jamais foram retiradas pelos titulares.
“Desde a implantação da CTPS digital, muita gente acredita que o documento físico não tem mais utilidade. Mas ele continua sendo fundamental, principalmente quando há falhas no registro digital por parte das empresas”, alerta o superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero.
A versão digital da Carteira de Trabalho foi lançada em setembro de 2019 e tem uma série de benefícios.
No entanto, em muitos casos, como em disputas judiciais ou revisões previdenciárias, a carteira física ainda é o único documento que comprova vínculos empregatícios antigos.
“Temos documentos aqui que não foram retirados há anos. Estão guardados, esperando seus donos, e podem ser fundamentais para garantir direitos como aposentadoria, contagem de tempo de serviço e acesso ao FGTS”, afirma Cantero.
Para saber se a carteira de trabalho está no local, basta comparecer à sede da SRTE-MS, na Rua 13 de Maio, 3.214, em Campo Grande. É necessário levar um documento com foto para fazer a consulta e, caso a carteira de trabalho esteja no local, a retirada é gratuita.
Além disso, quem perdeu a CTPS pode registrar um boletim de ocorrência e solicitar a segunda via, apresentando documentos como RG, CPF e comprovantes de vínculos empregatícios.
“Esses documentos ficam guardados por até 100 anos. Nosso compromisso é preservar esse patrimônio profissional dos trabalhadores, mas é importante que cada um faça sua parte e venha resgatar o que é seu por direito”, reforça o superintendente.
Glaucea Vaccari - www.correiodoestado.com.br