A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou, neste domingo (04), o retorno da Copa do Brasil Feminina ao calendário esportivo após oito anos e o Operário é um dos 65 clubes que vão disputar a competição neste ano.
O torneio vai contar com, no mínimo, um representante de cada estado e das três divisões do Campeonato Brasileiro. Na Série A3 em 2025, o Galo também é o atual campeão do Estadual.
Segundo os documentos técnicos divulgados pela entidade, a competição será disputada em confrontos eliminatórios de jogo único, com previsão da primeira fase ser realizada no final de maio com 32 clubes.
Os 16 classificados para a segunda fase enfrentam os 16 clubes da Série A2 do Campeonato Brasileiro, em junho.
Na terceira fase, em agosto, os 16 classificados enfrentam os 16 clubes da Série A1 do Campeonato Brasileiro.
As oitavas e quartas de finais serão disputadas em 17 e 24 de setembro, respectivamente. As semifinais acontecerão no dia 5 de novembro e a grande decisão no dia 19 do mesmo mês.
A Copa do Brasil foi “fundada” em 2007 e extinta em 2016, após a segunda divisão do Campeonato Brasileiro ser criada pela CBF, que justificou que “a nova organização daria mais estabilidade e continuidade às competições femininas”.
Durante esse período, oito clubes ergueram a taça, sendo o primeiro deles o Saad, de Campo Grande, clube que foi extinto em 2013. Na época, a equipe campo-grandense derrotou o Botucatu (SP) nos pênaltis na final.
Na sua primeira versão, o campeão da competição garantia vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. Agora, com o retorno anunciado, quem conquistar a Copa do Brasil terá participação garantida na próxima Supercopa do Brasil.
Ainda não foi anunciado pela CBF qual a premiação em dinheiro para os participantes. No masculino, a competição é a que melhor paga em todo futebol sul-americano.
Por exemplo, mesmo eliminado na 1ª fase, o Operário garantiu R$ 830 mil só por participar do torneio este ano, e o campeão pode receber mais de R$ 100 milhões.
Derrota no sábado
Neste sábado (03), o Operário perdeu para o Vila Nova em segundo jogo da equipe no Brasileiro Feminino A-3, e se complica em uma possível classificação para a fase das oitavas de final.
O Galo de Campo Grande saiu derrotado pelo placar 2 a 0 em partida que aconteceu neste sábado (3), no Estádio Onésio Brasileiro, em Goiânia.
A vitória do time da casa foi construída com um gol em cada tempo. O Vila Nova se impôs desde o início e abriu o placar aos 25 minutos da primeiro etapa. Samara recebeu pelo meio, invadiu a área operariana e tocou na saída de Bárbara, colocando o Tigre na frente.
Aos 41 minutos do segundo tempo, Naytielle fez a jogada e, quando entrou na área do Operária, foi derrubada. Pênalti para o Vila Nova que Vânia cobrou no canto esquerdo de Bárbara, sem chances de defesa para aumentar a vantagem goiana para 2 a 0, placar final.
Com calendário apertado de apenas três jogos nesta fase de grupos, o Operário que venceu em sua estreia o xará de Mato Grosso, por 5 a 4, com esta derrota, se mantém com 3 pontos conquistados.
Já o Vila Nova, que também venceu na 1ª rodada, vai para liderança do grupo com seis pontos.
O Operário encara no próximo sábado (10), o Cresspom, no Estádio Defelê, precisando da vitória para pensar em classificação.
Ajuda financeira
Durante a palestra “Inclusão Social através do Esporte”, o Operário recebeu cerca de R$ 1,5 milhão oriundo de emenda parlamentar da senadora Soraya Thronicke (Podemos), sendo R$ 1 milhão somente para o futebol feminino da equipe, que vai disputar duas competições este ano.
Segundo a assessoria da ex-candidata à presidente, este repasse é por convênio com a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), motivado pelo clube ter sido bicampeão estadual este ano no masculino e ser tetracampeão sul-mato-grossense consecutivo no feminino.
Inclusive, o nome da senadora está estampado na parte do tronco da camiseta do time, lugar de mais prestígio no manto operariano.
Felipe Machado - www.correiodoestado.com.br